A França é nossa pátria, Rithy Panh, 2014
Vencedor do É Tudo Verdade 2015, o documentário compila incríveis imagens de arquivo e usa cartelas que ironizam a “verdade histórica”, o discurso colonizador na Indochina.
Uma dessas cartelas, ao final do filme, chamou mais a minha atenção.
Traduzindo livremente, seria algo como
As imagens zombam de nós. Eu as montei em silêncio, à minha maneira primitiva. Então, “dribladas”, elas nos ensinam a olhar. A olhar para elas. À vezes a História não tem uma voz. Não existe uma História universal.
Em entrevista ao The Diplomat, Rithy Panh falou que é certo que desloca a imagem de arquivo de seu contexto original para dar a ela um novo sentido. Contou que uma pessoa nascida no continente africano assitiu ao filme e disse: “Não é um filme sobre a África, mas sobre a África também”.
Não existe História universal, universal é o cinema.